O melhor caminho....

..sempre em busca do melhor caminho...

terça-feira, outubro 31, 2006

Um a trabalhar e dois a conversar

Hoje de manhã estava no carro, parado no semáforo, à espera que o sinal passasse para aquela cor ecológica que nos faz avançar, quando reparei num caso estranho (bem na verdade não sei se será estranho, mas pelo menos tem o seu quê de irónico). Numa pequena obra que, pelo que percebi, consisitia na abertura de uma vala com cerca de 30 cm de largura e com outro tanto de profundidade, uma pessoa trabalhava e duas pessoas olhavam (talvez o engenheiro e outro engenheiro???!!!). Sinceramente pareceu-me demais...será mesmo necessário?...

Etiquetas:

Comemorar...

Após 4 anos e uns 7 quilos a mais, continuo a achar que valeu a pena deixar de fumar 2 maços e meio (a caminho dos 3) de SG Ventil light. Às vezes tenho saudades de ser magricela, mas esses tempos definitivamente já passaram...já comi um geladinho para comemorar :))

Etiquetas:

domingo, outubro 29, 2006

Diálogos

- Eu cá não estou nada preocupada com isso...o meu filho tem saúde, tem trabalho, isso é que interessa.
- Agora é bastante diferente de antes, não é?
- Talvez, são raros os casamentos que se aguentam. E o meu filho...não estou a ver. Com o feitiozinho dele vai ser muito difícil...

Etiquetas:

sábado, outubro 28, 2006

Vai um abraço?

Etiquetas:

sexta-feira, outubro 27, 2006

vazio, o meu vazio

O brilho das estrelas, que sei que existe,
porque é que eu não o sinto?
O amor dos outros, que eu sei que existe,
porque é que eu não o sinto?
As coisas belas, que eu sei que existem,
porque é que eu não as sinto?
Porque é que eu não sinto nada?
O que é que será preciso para sentir?

E.T.

Etiquetas:

bairro do amor, bairro da loucura...

Bairro do Amor (Jorge Palma)

No bairro do amor a vida é um carrossel
Onde há sempre lugar para mais alguém
O bairro do amor foi feito a lápis de côr
Por gente que sofreu por não ter ninguém

No bairro do amor o tempo morre devagar
Num cachimbo a rodar de mão em mão
No bairro do amor há quem pergunte a sorrir:
Será que ainda cá estamos no fim do Verão?

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu compreendes bem

No bairro do amor a vida corre sempre igual
De café em café, de bar em bar
No bairro do amor o Sol parece maior
E há ondas de ternura em cada olhar

O bairro do amor é uma zona marginal
Onde não há hotéis nem hospitais
No bairro do amor cada um tem que tratar
Das suas nódoas negras sentimentais

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu compreendes bem


A letra desta música fez-me lembrar um dia em que fui visitar um amigo ao hospital Miguel Bombarda. Não sei se algum dia lá foram. Eu fiquei impressionada por ser um mundo à parte. Um mundo onde dei por mim rodeada de pessoas com doenças psiquiátricas, algumas falando comigo, abordando-me, tentando-me provar que estavam bem. Não havia uma pessoa “não doente” a receber quem chegava para a visita, que naquele caso era só eu. Fui ajudada a descobrir a pessoa que procurava por doentes, que também me tinham ajudado a chegar ao parque de estacionamento. Depois de a encontrar, pessoas entravam e saiam do quarto onde estava, falavam, mexiam nas coisas. Nem consigo explicar bem, mas no fundo é um mundo onde não se consegue comunicar, pelo menos à maneira de quem está são. Faz confusão. Às tantas, vi um enfermeiro ou médico a correr atrás de uma mulher, a agarrá-la e a “prendê-la”. Estava a tentar fugir do edifício onde os doentes estão fechados por questões de segurança. Tempos depois disso a minha mãe disse-me que uma amiga dela teve um problema e foi internada naquele hospital psiquiátrico. Tinha ficado muito perturbada…penso que não é para menos.
A sanidade mental tem limites muito ténues. Por vezes percebo-os em mim, por vezes percebo-os nos outros. Mas uma coisa é ir e voltar, outra é ficar…tenho muito receio disso…

Etiquetas: ,

Talvez...

Talvez me tenha enganado numa questão que me anda a chatear há uns meses. Ainda não tenho a certeza, mas há probabilidades de realmente me ter enganado. Se isso acontecer vou ter que pedir desculpas. Se for caso disso não me vai custar nada. Mas a atitude do outro lado quase nunca foi a mais correcta. Até diria que não foi mesmo correcta. Isso induziu-me em erro, levou-me a centrar num determinado aspecto e a não colocar outras hipóteses…está-se sempre a aprender…

Etiquetas:

terça-feira, outubro 24, 2006

Fantástico

Hoje vi no canal 1 um documentário sobre cães que detectam doenças, alguns treinados, mas outros não. Achei espantoso:
  • cães treinados para detectar ataques de epilepsia alguns minutos antes de acontecerem, o que possibilita aos seus donos colocarem-se em posições mais seguras, pedirem ajuda, etc.
  • cães (treinados ou não) que detectam os níveis baixos de açucar no sangue em diabéticos, avisando os donos;
  • cães que detectam crianças que são autistas;
  • cães que salvaram os seus donos, quer por presentirem que iria acontecer algum problema de saúde com eles, ou porque chamaram alguém para ajudar.

Eu própria me lembro de há uns anos, em Évora, me ter sentido mal, e de um cão me ter acompanhado até à porta de casa sem eu "o conhecer de lado nenhum" :)

Não se sabe bem como funciona, mas deve ter a ver com o facto dos cães terem um olfacto muito apurado (acho que mais de mil vezes mais apurado que o nosso) e eventualmente com o facto da própria visão ser diferente da nossa.

Fiquei espantada, pela positiva, com esta realidade.

Etiquetas:

Voltei

Na última semana só tenho ligado o computador para ver o e-mail rápido e desligado de seguida. Mas tem-me sabido bem estar um pouco desligada da blogosfera. Isto acaba por ser um vício e prefiro que seja um prazer :)

Etiquetas:

terça-feira, outubro 17, 2006

temperatura

A minha temperatura ideal...ou antes, a temperatura ideal para mim, é esta que tem estado nos últimos dias. Continuo a usar roupa de Verão, mas não sinto calor. E às vezes sabe-me bem um casaquinho, mas também passo bem sem ele. Também me sabem bem as gotas da chuva, desde que não me encharquem.
Será que se eu recolher as assinaturas necessárias conseguirei convencer alguém a manter estas temperaturas? :)

Etiquetas:

ultrapassar-me...

Mudei de ginásio porque o meu professor de ioga passou a dar aulas num local que é mais perto da minha casa. Por isso, desde que começaram as aulas tenho sido uma aluna assídua. Já não há aquela desculpa de chegar a casa e não ter tempo para lá chegar, ou denão me apetecer ir por ter que me deslocar para lá e estar cansada ou qualquer uma daquelas desculpas que têm como suporte o comodismo. Faz uma diferença enorme e as únicas duas vezes que faltei foi porque teve mesmo que ser. Como aluna assídua tenho reparado que esta "turma" tem pessoas que fazem desporto regularmente, o que acontecia menos na anterior. Por esse motivo, as aulas são bastante mais puxadas. Eu prefiro, porque me sinto a evoluir mais rapidamente, a ultrapassar mais um pouco os meus limites em cada aula. Aliás, este é um dos motivos porque gosto de ioga. Para além de todos os outros benefícios (de que já falei por aqui há uns tempos), faz com que tentemos e consigamos progressivamente ir ultrapassando algumas das nossas barreiras físicas e de resistência à dor. Sim, tenho-me ultrapassado, dentro dos meus limites, em cada aula. Mas o reverso da medalha é que há mais de um mês que padeço de dores pelo corpo, sensivelmente até dois dias depois de cada aula. Hoje é nos braços e na barriga. Noutros dias foi nas pernas e nas costas...ainda não chegou à ponta do nariz :) Mas se lá chegar é sinal que estou a trabalhar a cartilagem do respectivo! Nada mau! :)))

Etiquetas:

mudanças...

Porque era muito tímida, desde muito pequena que observava as pessoas e as suas atitudes. Talvez por isso, desde cedo descobri que tinha a capacidade de identificar nas outras pessoas aspectos que elas não queriam mostrar, maus ou bons. Isso também me permitia compreendê-las e por vezes vi-me a explicar a terceiros as eventuais razões de outras pessoas. Razões para uma atitude errada, razões para isto, para aquilo e para o outro. Muitas vezes acertava, e ainda acerto, não à primeira vista, mas ao fim de pouco tempo de convívio, sobretudo no carácter da pessoa (mau ou bom, se é que isto pode ser reduzido a isto). Porém, apesar de conseguir fazer isto nos casos que não me "interessavam", isto nunca funcionou com as pessoas que me estiveram mais próximas. Umas vezes porque a proximidade não me permitiu ver e outras porque não o quis fazer, correndo o risco, consciente, de me enganar a mim própria. Outras vezes, sem dúvida nenhuma, enganando-me a mim própria para encontrar razões para as pessoas que amava, para as desculpar, para as perdoar. Porque afinal, o que é amar se não for também ter a capacidade de perdoar o outro. Perdoei coisas graves a pessoas que amo e que amei. A mais grave de todas ainda a carrego, como vou carregar sempre, porque há coisas que não se conseguem esquecer, de tão interiorizadas que estão (onde é que eu li isto?). Sei que falta perdoar-me a mim própria para prosseguir em paz. Sei que um dia vou conseguir, mas têm que haver mudanças... a vida é composta por mudanças...

Etiquetas:

domingo, outubro 15, 2006

arco-iris

- Sabes as cores do arco-iris?
- Assim de repente, não. Não por ordem.
- Não importa...estão lá todas!

Etiquetas:

Sim, e não

Sim, já me descontrolei
Sim, já levantei a voz
Sim, já tive atitudes menos próprias
Sim, não sou perfeita
Mas isso fará de mim uma pessoa assim tão má?
Tão destestável?
Cada acto meu com o qual não concordo
Fica dentro de mim a remoer(me)
Sim, gostava de ser melhor
Sim, tento ser melhor
Não, não me sinto bem
Mas não, não consigo ser perfeita
Se alguém perfeito procuras
Não, não sou eu essa pessoa

E.T.

Etiquetas: ,

sexta-feira, outubro 13, 2006

Retrato de uma princesa desconhecida

Nem sempre os meios justificam os fins...

De Sophia de Mello Breyner Andresen:


Retrato de uma princesa desconhecida
Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino

Etiquetas: ,

quinta-feira, outubro 12, 2006

os dias...

Já se nota: os dias estão a ficar mais pequenos, cada dia mais um bocadinho. Um dia destes muda a hora e ainda ficam mais pequeninos. Todos os anos me acontece o mesmo e começo a contagem decrescente até a 22 ou 23 de Dezembro, o dia do solstício de Inverno. Depois é só vê-los crescer outra vez. Faz-me falta a luz ao fim da tarde, faz-me falta a luz natural do Sol...

Etiquetas:

quarta-feira, outubro 11, 2006

aos indiferentes...

Tudo o que existe, existe em relação a outras coisas, de uma maneira interdependente. Não há nada que exista em si e por si mesmo. Por conseguinte, é impossível conceber o nosso interesse pessoal independentemente do interesse dos outros. Aquilo que fazemos a cada instante engendra novas circunstâncias, as quais por sua vez contribuem para o aparecimento de novos acontecimentos. Ao fazermos o que quer que seja, estamos a participar voluntária ou involuntariamente na cadeia das causas e dos efeitos. Do mesmo modo, os nossos sofrimentos e prazeres futuros serão o resultado das presentes causas e condições, ainda que a complexidade deste encadeamento nos escape. Assim, somos responsáveis tanto por nós como pelos outros.
Aquele que é indiferente ai bem dos outros e às causas da sua própria felicidade vindoura, apenas está a preparar o terreno da sua própria infelicidade.

Dalai Lama in Conselhos do coração

Etiquetas:

terça-feira, outubro 10, 2006

a minha gata

Sempre que chego a casa tenho uma linda menina à porta a miar. Às vezes tenta fugir para as escadas, mas na maior parte das vezes fica à espera que eu feche a porta, corre para o quarto e espera que eu a tire de cima da cama, para ficar uns minutinhos a ronronar ao meu colo. Mas fora estes minutinhos e quando lhe dou uma pasta melosa para a "bola de pelo", que ela adora, não há muitos mais momentos de afecto. A minha gatita é, por assim dizer, uma arisca, cujo passatempo preferido é morder-me. Com o tempo tem vindo a aprender que não pode morder com muita força porque me aleija, mas de vez em quando lá fico com as mãos numa desgraça, já que é a parte de mim que ela gosta mais...se virem alguém com as mãos completamente arranhadas, provavelmente serei eu depois de uma sessão de brincadeira que correu menos bem. Ontem, depois de eu a "seduzir" com um bocado de bolacha, ficou em cima de mim a ronronar durante bastante tempo, aninhada nas minhas pernas...começa a vir o frio...os gatos são uns seres muito interessantes e muito interesseiros :)

Etiquetas:

domingo, outubro 08, 2006

Sei que é estúpido mas...

Às vezes tenho o seguinte pensamento: se me acontecesse alguma coisa má agora, será que poderia fazer um balanço positivo do que é a minha vida neste momento? O balanço que faço a seguir tem sempre aspectos bons e maus, como é normal, e outros que não fazem sentido. Gostava que os meus balanços levassem mais longe do que levam, que me levassem a agir mais, que me fizessem dar uma reviravolta em alguns aspectos da minha vida. Mas isso não se tem passado muito. Um certo comodismo, nuns casos, medo noutros, e também a ausência de razões...
Entretanto, vou fazer por que este blog não se torne num local de queixumes, pois não é nada disso que desejo :)

Etiquetas:

sexta-feira, outubro 06, 2006

Estranho...

É uma sensação estranha uma peça de teatro acabar e eu não perceber. O pior foi que não aconteceu só comigo. Pelo menos pareceu-me que foi o que aconteceu com todas as pessoas que estavam na sala...

Etiquetas:

diálogos

- Boa Tarde! Queria um café, se faz favor.
- É para já.
- Está ali um pombo.
- Não, o pombo não bebe nada.
- Ah...pois, eu sei...
- Incomoda-me mais uma pessoa a fumar do que 10 pombos aqui dentro.
- Pois...
- Não sei se é fumadora?
- Já fui.
- O fumo incomoda-me mesmo, e se o pombo incomoda as pessoas, eu sinto com o tabaco.
- Pois, às vezes os fumadores não têm muita consciência de que incomodam. Eu também não tinha. O pombo não me incomoda. Mas pensei que podia não o querer aqui dentro. Boa tarde!
- Boa Tarde!

Etiquetas:

terça-feira, outubro 03, 2006

amores impossíveis

Os amores impossíveis destroçam-me.


Do livro "As pontes de Madison County"...

Há umas semanas atrás, sentia-me calmo, razoavelmente satisfeito. Talvez não profundamente feliz, sem dúvida um pouco só, mas pelo menos satisfeito. Tudo isso mudou.
Hoje em dia, compreendo perfeitamente que andava a caminhar na tua direcção e tu na minha. Há já muito tempo.
Embora nenhum de nós o soubesse antes de nos conhecermos, havia uma espécie de certeza descuidada zumbindo alegremente sob a nossa ignorância que garantia que havíamos de nos conhecer. Como dois pássaros solitários, sobrevoando as grandes pradarias, impelidos pelas vozes celestes, caminhámos todos estes anos e vidas em direcção um ao outro.
A viagem é uma coisa estranha. Arrastava-me eu por uma estrada quando olho para cima, e lá vinhas tu atravessando a relva em direcção à minha camioneta num dia de Agosto. Retrospectivamente, parece inevitável - não podia ter sido de outra maneira - aquilo a que eu chamo a grande probabilidade do improvável.
E cá estou eu a andar em redor de outra pessoa dentro de mim. Embora ache que fui mais preciso no dia em que nos despedimos, quando disse que nós dois criámos uma terceira pessoa. E essa terceira pessoa acompanha-me sempre.
De uma maneira ou de outra, temos que voltar a ver-nos. Não importa onde, não importa quando.
....
Vivo com pó no coração. Não encontro outra maneira de explicar o que sinto. Houve mulheres antes de ti, algumas, mas nenhuma depois. Não fiz qualquer promessa consciente de celibato, só que não estou interessado.
Vi uma vez um ganso-do-canadá cuja parceira fora abatida por caçadores. Eles acasalam para a vida toda, sabes. O ganso macho sobrevoou o lago em círculos durante vários dias, e continuou a sobrevoar mais e mais dias ainda. Quando o vi pela última vez, nadava sozinho por entre o arroz selvagem ainda à procura dela. Suponho que esta analogia é um pouco óbvia para gostos literários, mas assemelha-se muito ao que sinto.
Na minha imaginação, nas manhãs de nevoeiro ou nas tardes em que o Sol aparece, exuberante, no mar a noroeste, tento pensar onde estarás e o que estarás a fazer enquanto penso em ti.

Etiquetas: ,

balanços

Não sei porquê, hoje lembrei-me de um livrinho onde costumava escrever coisas que sentia, tipo diário, mas mais para o mensal. Agora que estou a escrever, até me lembro porquê. Porque estava a pensar no blog e no facto de ser um escape, onde de vez em quando desabafo umas coisitas, que era o que fazia lá. E fui procurar o livrinho. Afinal só lá estão os desabafos de 2 anos e meio da minha vida, que já foram há alguns anos. Dois anos importantes porque foram anos de grandes mudanças para mim. Encontrei palavras tristes, referências a problemas que tinha na altura e que ultrapassei, a outros que se mantêm de forma idêntica, à vontade de deixar de fumar (o que consegui uns anos depois), ao progressivo ultrapassar dos ataques de pânico que foram durante algum tempo uma constante na minha vida e também palavras de esperança, que lidas não parecem ter sido escritas por mim. Mas a verdade é que durante aquele período de tempo quase só registei os momentos negativos, talvez pela necessidade de os deixar marcados para não me esquecer. Na verdade, acho que é bom não esquecer os momentos maus, só para que não deixemos que se voltem a repetir. Mas há coisas que que ficam para sempre marcadas em nós, por mais que nos tentemos desfazer delas. Hoje li coisas escritas por mim que me fizeram constatar isto. Não sei se é bom ou se é mau. Só sei que é uma realidade.

Etiquetas:

má fé

Há uma coisa que me chateia profundamente: as pessoas partirem do princípio de que os outros estão de má fé. E principalmente quando partem do princípio de que quem está de má fé sou eu :) Até consigo compreender que as pessoas tenham um pézinho atrás com os outros...eu própria também tenho em algumas situações. Mas é diferente quando partem logo para insinuações de que o outro fez qualquer coisa de errado, só porque sim, sem qualquer fundamento. Por exemplo, na 6ª feira passada fui aos correios buscar uma carta e uma encomenda, ambas com aviso de recepção. Como sabia que ía receber a segunda, esperei propositadamente que viesse para não ter que me deslocar duas vezes aos correios. Por acaso, antes de entregar os avisos no correio reparei que a letra do meu nome tinha sido feita pela mesma pessoa. O que até é normal, porque acho que os carteiros fazem normalmente o mesmo giro.
Depois de muito ser procurada, a encomenda não aparecia na estação de correios. Por isso veio uma senhora ajudar o colega que me estava a atender, dizendo de imediato ao olhar para o aviso: «Esta letra não é do "não sei quê"». Não percebi o que ela queria dizer, mas para o caso era irrelevante e disse-lhe: "Era igual à do outro aviso que eu trouxe". Depois de procurar mais um pouco e de não encontrar a encomenda, voltou a dizer em tom desconfiado: "A Nestlé não costuma enviar coisas com aviso de recepção". E para o colega: "Confirmaste tudo?". Mesmo depois de ele ter dito que sim, parecia que a senhora só queria a confirmação de que aquele aviso era falso (concerteza teria sido eu que o tinha falsificado...). E só no final colocou a hipótese de ter havido um erro dos próprios correios, neste caso do carteiro, como se veio a confirmar.
Quando me telefonou, uma hora depois, o tom era outro, mais de desculpa e menos de acusação. Durante isto tudo eu permaneci calma, mas...não há paciência para pessoas assim!!!!

Entretanto este blog tem estado, e vai continuar a estar, a meio gás. Alguns compromissos, o ioga que começou e mais umas coisinhas que me fazem ter menos disponibilidade para vir aqui...

Etiquetas: