O melhor caminho....

..sempre em busca do melhor caminho...

sexta-feira, maio 26, 2006

para esquecer...

...cinco pessoas dentro de um carro sem ar condicionado, durante 600 quilómetros, num dia como hoje.

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recordar

Da minha infância recordo com saudade todo o amor dado pela avó e pelas tias. E o meu belo alentejo.
Andar a correr pelo campo por entre as azinheiras, apanhar bolotas, colher pêssegos, ir à eira buscar feijões para brincar, ir buscar água ao poço, estar à lareira a conversar, correr atrás das galinhas, fazer maldades aos gatos, fazer bonecas com papoilas e com barbas de milho, dar comida aos porcos, ser feliz e inocente, correr...mas sobretudo o amor, tão puro.

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desabafo!

Se há uns anos atrás me dissessem que o trabalho iria tomar conta da minha vida, eu não acreditaria. Mas é verdade. Há duas semanas que não páro. Que cansaço!

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quarta-feira, maio 24, 2006

fronteira

Estou a ler um livro sobre um homem que tem uma vida muito certinha e que de repente, na sequência de um pequeno incidente, muda completamente de rumo. Deixa de ter medo e de certa forma deixa de ter escrupulos.
Às vezes penso em como a fronteira entre a sanidade e loucura pode ser ténue. Facilmente podemos passar de um lado para o outro. E mesmo assim, a vida lá continua e às vezes não cuidamos de nós o suficiente.

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sexta-feira, maio 19, 2006

porquê?

- Por que é que me contaste?
- Não podia mentir-te.
- Porquê?
- Porque te amo.

do filme "Closer"

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se fores simpática...

Eu não sou propriamente uma pessoa simpática, pelo menos à partida. Mas também não sou antipática. Mas o facto de não ser do primeiro modo, leva a que às vezes não me facilitem a vida. Eu até prefiro! Às vezes também sou um pouco refilona. Já houve tempo em que não era, mas agora quase sempre que acontece alguma injustiça à minha volta eu reclamo.
Bem, mas isto vem a propósito de uma pequena história que eu queria contar. Costumo almoçar numa cantina, com duas linhas. Por coincidência, porque a comida me é sempre mais apetecível, costumo ser cliente da linha da dieta/peixe. Pois a senhora que serve nesse lado também não é muito simpática, mas também não era antipática, até ao dia em que por uma pequena indelicadeza (servia uma refeição a outra pessoa mais simpática que eu e a mim não), eu reclamei. A partir daí posso dizer que nunca mais me facilitou a vida, mas eu não me importei e até compreendi. Se a combinação prevista é arroz com bife, não há razão nenhuma para andar a trocar o arroz por salada ou por esparguete :) Até que um dia, depois de ter passado na mesma linha, estava a comer lulas de caril com arroz e no meio das lulas encontrei um vidro. Trocaram-me o prato e a mesma senhora desculpou-se muito. Tinha partido um prato um pouco antes de me servir e até se cortou na mão, mas tinha verificado que os recipientes com comida estavam fechados. O meu vidro devia estar no prato, não sei. Só sei que não consegui comer mais. Disse à senhora que tinha que ter mais cuidado numa próxima vez porque o que tinha acontecido era muito perigoso. Mas foi só. A partir do dia seguinte passou a ser simpática para mim...até já se lembra que para salada eu gosto de cenoura ralada :) Penso que foi por eu não ter reclamado.

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o semáforo

Já é a segunda vez que me acontece, mas desta vez era a primeira de uma das filas. O semáforo avariou no vermelho. Ao fim de um bocado já tinha passado tempo demais (um minuto ou dois são uma eternidade em plena "hora de ponta") e a fila aumentou rapidamente. Entretanto apitaram. Eu olhei para o senhor do carro da fila do lado, encolhemos os ombros ao mesmo tempo e passámos.

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quarta-feira, maio 17, 2006

o festival da Eurovisão

Lembro-me como se fosse hoje de ser criança e de irmos todos para casa ver o festival da Eurovisão. Tenho ideia de que este evento acontecia no Verão porque era só nessa altura que podiamos ir brincar para a rua à noite. Era uma emoção, todos em casa a votar e a fazer força para a canção portuguesa ganhar.
Hoje, cheguei a casa e por acaso vi que estava a dar a nossa canção...os tempos mudam! Não há nada a fazer!

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...o trabalho e o sol...

...Se naquele instante - reflectiu Eugénio - caísse na Terra um habitante de Marte, havia de embasbacado ao verificar que num dia tão maravilhosamente belo e macio, de sol tão dourado, os homens em sua maioria estavam metidos em escritórios, oficinas, fábricas...E se perguntasse a qualquer um deles: "Homens, porque trabalhas com tanta fúria durante todas as horas de sol?" - ouviria esta resposta singular: "Para ganhar a vida." E no entanto a vida ali estava a se oferecer toda, numa gratuidade milagrosa. Os homens viviam tão ofuscados por desejos ambiciosos que nem sequer davam por ela. Nem com todas as conquistas da inteligência tinham descoberto um meio de trabalhar menos e viver mais. Agitavam-se na Terra e não se conheciam uns aos outros, não se amavam como deviam. A competição os transformava em inimigos...

Erico Verissimo, Olhai os Lírios do Campo

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Ela não era carinhosa. Mas por uma razão inexplicável (talvez porque todos nós precisemos de amor), esperava que fossem carinhosos com ela. De repente apeteceu-lhe chorar ao pensar que gostava de ser diferente, menos solitária. E decidiu que tentaria sê-lo.

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domingo, maio 14, 2006

discriminação

Estava no segundo contrato de um ano na empresa onde trabalhava. Sem o planear, ficou grávida. Depois de pensarem muito no que fazer com a gravidez, ela e o namorado (actual marido) decidiram que aquele bébé haveria de nascer. Depois de ter tirado os 4 meses de licença de parto, foi pressionada a não usar as horas que a lei lhe dá por direito para poder amamentar. Ela usou-as, mas no final do contrato, houve rescisão. Os motivos dados foram a falta de trabalho e o facto da função dela não ser necessária. Mas eu diria que a verdadeira razão foi ela ser mãe e por isso ter que tirar algum tempo à empresa para cuidar da sua criança. Injusto? Claro! Cada vez temos menos crianças, menos natalidade? Claro! Porque é que havia de ser de outra maneira? Vivemos, em liberdade? Claro! Mas as nossas escolhas, por mais que sejam de direito, afectam o modo como poderemos prosseguir depois delas. É injusto? Claro! Afinal, isto é discriminação!

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quarta-feira, maio 10, 2006

...vida simples...

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simplificar a vida

Amanhã serei uma feliz proprietária de uma daquelas máquinas que lavam loiça...coisa que nunca mais farei!!!

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ioga


Se eu fosse crente, acreditaria que depois de uma prática de ioga estaria mais próxima de Deus

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oportunidades

Fico sempre um pouco revoltada, pensativa e talvez até um pouco triste ao constatar, no dia a dia, que o facto de devermos ter todos as mesmas oportunidades quando nascemos, não passa muitas vezes disso (devia ser assim, mas não é).

A verdade é que há pessoas, jovens, brancas, pretas, amarelas, que por alguma razão têm opções limitadas à partida. Alguns porque têm que trabalhar cedo demais e o caminho deles se afunila ali, no ganhar uns tostões para ajudar a família, que não permitem ir mais longe do que sobreviver. E os tostões são os que o competitivo (eu chamar-lhe-ia o explorador) mundo do trabalho permite, tirando vantagens das razões que levaram a que essas pessoas já não tenham tantas oportunidades à partida.

A razão que me levou a escrever isto foi a pobreza associada à imigração. Por vezes só é mesmo possível viver em barracas. E as crianças, o que vai ser delas?

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ciúme...

...quando é demais estraga tudo onde toca

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segunda-feira, maio 08, 2006

mais um dia...

...de semana, na azáfama do trabalho...
não deveriamos parar mais vezes, para reflectir, para só sermos simplesmente...

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sobre a amizade


Encontrei este poema na revista do Continente (passo a publicidade)...vale a pena ler

Sentimento amigo (excerto do poema de Vinicius de Moraes)

Tenho amigos que não sabem
o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.
Eis que permite que o objecto dela
se divida em outros afectos,
enquanto o amor tem intrínseco ciúme,
que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos e quanto a minha vida
depende das suas existências...
A alguns deles não procuro,
bastam-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja
a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crónica
e não sabem que estão incluídos (...)

Vinicius de Moraes

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