O melhor caminho....

..sempre em busca do melhor caminho...

quinta-feira, setembro 28, 2006

Sorte?

Desde que se lembrava de poder decidir sobre o assunto que tinha um pequeno problema com o cabelo. Principalmente deste que tinha decidido tê-lo curto. Isto porque um cabelo com caracóis rebeldes, alguns remoínhos e um corte que não só lhe ficasse bem, mas que crescesse bem e sem volume, eram variáveis demais para acertar. Havia anos que andava em busca de um cabeleireiro ou de uma cabeleireira que acertasse com o seu cabelo, que percebesse a dinâmica do seu crescimento e que conseguisse satisfazê-la. Já tinha corrido vários, baratos e caros, daqueles dignos de pentearem apresentadoras de tv e modelos, mas nada. Voltava sempre a procurar um novo local com uma nova pessoa que pudesse descobrir a receita certa. Hoje decidiu ir a um que lhe tinham indicado. Era expectacular. Cortava bem e a pessoa que lhe recomendava era uma pessoa bastante exigente. Não era muito perto, mas como estava num dia de folga seguiu as indicações e estacionou o carro nas proximidades do salão. Entrou e disse que queria cortar o cabelo. A rapariga era muito simpática, correspondendo à descrição que lhe tinham feito, e lá lhe explicou os dramas do seu cabelo, que era para cortar curtinho, mas que gostava que ele crescesse bem, tinha que ser desbastado para não ficar com aquele aspecto de capacete ao crescer um pouco, etc., etc. Antes de lavar o cabelo, a cabeleireira disse-lhe que se sentasse e olhou para ela através do espelho...

- Sabe, às vezes não é só o corte que faz diferença. As sobrancelhas podem fazer uma diferença enorme. Estou a olhar para si e vejo como pode ficar imensamente mais bonita se as arranjar. Vamos experimentar?
- Não, estou habituada a ver-me assim, com as sobrancelhas grossas.
- Tenho que lhe dizer isto, é o meu trabalho....vai fazer uma diferença enorme, mas no fundo não vai ser uma alteração tão grande, mas só um acerto, que no conjunto vai fazer diferença...devia mesmo fazê-lo...

Lá foi convencida, como foi convencida a dar um voto de confiança no corte que iria fazer. Arriscou. Afinal o cabelo cresce rápido, principalmente quando já é curto. E tinha sido bem recomendada por uma pessoa muito exigente.
No fim, ficou tudo bem. A alteração das sobrancelhas que tanto temia, melhorava realmente o seu rosto e o corte, apesar de um pouco radical, também a favorecia. A conta também foi muito mais baixa do que o normal, o que achou estranho porque lhe tinham dito que não era muito acessível.
Saiu do salão contente da vida e quando se dirigia ao carro viu, duas ou três lojas à frente, um letreiro que dizia "Marina Cabeleireiros Unisexo". Tinha sido este o cabeleireiro que lhe tinham recomentado...

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terça-feira, setembro 26, 2006

Volver

Há algum tempo cheguei à conclusão que uma coisa que me atrai nos filmes é quando tratam de relações complicadas entre pessoas e quando são intensos. Há relativamente pouco tempo vi um dos filmes que mais me chocou e que preferia não ter visto por esse motivo: "A vida não é um sonho". Ontem vi o "Volver" do Almodovar, que não me deixou despregar olho da tela. Ao contrário de algumas opiniões que já ouvi e li, adorei e recomendo...

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o final

Costumo andar de comboio com frequência, no alfa pendular. Nas viagens aproveito para pôr a leitura em dia, mas às vezes distraio-me. Na última vez, após várias trocas de lugar para que pessoas que iam aos pares pudessem fazer juntas a viagem, lá fiquei ao lado de uma pessoa que ao fim de cerca de 1 hora de viagem, recebeu vários telefonemas, penso que da pessoa com quem tinha (ou tem) uma relação. Falava do que me parecia ser o fim da relação, das razões. Confesso que não quis saber, porque o que ele dizia me fez lembrar o que se sente nesse momento. Parei de ler o meu livro e passei a ouvir música no meu leitor de mp3. Assim, penso que ele, que falava baixinho, também se sentiu mais à vontade. Mas da mesma forma que me emociono nos filmes, emocionei-me com o pouco que ouvi e com a situação em si. E escrevi o que se segue...

Seguia-a para todo o lado. Era como se nada fizesse sentido sem ela. Os pais critivavam-o dizendo que ela mandava nele. Os amigos não compreendiam tamanha dedicação. Só ele entendia. Ela era a sua musa, a sua inspiração. Mais do que isso, era a sua alma gémea. Por isso ele queria aproveitar cada momento com ela, cada sorriso, cada palavra, cada toque. Não conseguia conceber a sua vida sem ela.
Um dia tudo acabou (como tudo acaba). Mas ela continuou a ser a sua alma gémea. Nunca mais encontrou nenhuma. Se calhar - pensava ele um dia, muitos anos depois de tudo acontecer - se calhar só há uma em cada vida para cada um de nós...

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jogos de futebol

Todos os dias devia de haver jogos de futebol por volta das 20h00...chega-se a casa rápido, rápido, rápido. Já me perguntei várias vezes: "será que toda a gente sai mais cedo do trabalho nestes dias ?". Só sei que hoje demorei cerca de 20 minutos num percurso que costuma demorar 40...Viva os jogos de futebol transmitidos na tv!!! :)

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quarta-feira, setembro 20, 2006

Pausa

Por várias razões, não vou estar por aqui até ao final da semana.
Volto no Domingo ou na Segunda...até lá :)

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domingo, setembro 17, 2006

diálogo

É interessante como as crianças de hoje são tão diferentes das de há uns anos atrás. Aqui fica um pequeno diálogo a que assisti.

A pessoa adulta: "...olha que vem aí o homem do saco!"
A criança: "E depois....e depois....eu dou-lhe um murro!"

Não pude deixar de me rir com a situação.

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sexta-feira, setembro 15, 2006

por hoje apenas isto...

I can´t take my eyes off you...
I can´t take my mind off you...
Did I said that I love you?...

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quinta-feira, setembro 14, 2006

declaração


Uma bonita declaração de melhoras que encontrou como suporte a parede de um prédio...

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a avenida


Antes a avenida era toda assim...

















Agora está a ficar assim...

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Apetece-me...

Apetece-me sonhar, ter mais sonhos e tentar transformá-los em realidade.

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terça-feira, setembro 12, 2006

cansaço

cansaço (*)
s. m.,
fadiga;
lassidão;
esgotamento;
fraqueza derivada de trabalho excessivo ou doença

No meu caso fraqueza devida a andar a dormir pouco e a algumas viagens de trabalho.

(*) www.priberam.pt (excelente dicionário online de Português)

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domingo, setembro 10, 2006

A avenida antiga, a avenida actual e a avenida futura

Gosto da avenida, quase via rápida, por onde se tem que passar para chegar ao centro de Almada. Chama-se Avenida Bento Gonçalves. Desde que me lembro que tem alinhamentos de choupos na faixa central e de cada lado da estrada, outras árvores vão acompanhando de forma mais ou menos constante a avenida. Sempre a achei muito bonita, por causa disso. Em Agosto cortaram as árvores num
troço com cerca de 50 metros. Devem ter cortado umas 6 ou 7, mas fez uma diferença enorme. Em vez d0 verde, nesse troço passaram a ver-se os prédios, o betão, o cimento, o construído. Hoje, ao chegar do fim de semana fora, verifiquei que cortaram mais algumas árvores. Tenho mesmo pena que esta avenida vá deixar de ser o que era. Mas vai mesmo. O metro vai ter que aí passar e apesar de não ter visto o projecto, se for como nos troços que vi, a linha vai passar mesmo no local onde estão as árvores. Bem sei que o metro é preciso e que vai ser uma mais valia para quem viva em Almada. Mas não consigo deixar de sentir já a falta desta bela avenida com as suas enormes árvores. Tenho que fotografá-la antes que deixe de existir.

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sexta-feira, setembro 08, 2006

sem título sobre suporte de blog (como um quadro :)

A minha irmã telefonou-me do concerto dos Simply Red, onde está neste momento, para eu ouvir uma música que nos une em recordação "If you don't Know me by now...".
Devia estar mais vezes com a minha irmã. Devia falar mais com ela. Às vezes são as vidas que não o permitem. Mas nem sempre é isso...

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quinta-feira, setembro 07, 2006

Lengalenga

Espero que encontres
Sem procurar
O que eu procuro
sem encontrar

(escreviamos isto nos caderninhos com dedicatórias quando éramos pequenos...de vez em quando vem-me há cabeça :)

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sentido...

Vive sem a intensidade que um dia sonhou ter. Vive sem a alegria que sempre ambicionou ter. Vive só.
(Não sei porque é que tenho tendência para histórias tristes...)
A verdade é que este homem quis um dia ser muito mais do que o que é, ter mais amigos, ser mais comunicativo, ser mais assertivo. Mas era uma pessoa triste, descontente com a sua vida, fechado na sua concha. Um dia encerrara-se nela para não sofrer e para não ser magoado. Mas agora, observando-o, posso concluir que não valeu a pena...nunca vale a pena afastar-se dos outros e ficar só. Naquele momento em que pensava na sua vida, ao olhar o mar, também ele pensava isso...não tinha valido a pena! Por que raio agiu assim ao longo de toda a sua vida? O que é o que o motivou para além do estúpido medo? Nada, mais nada que o MEDO DE TUDO. Sim, medo de tudo era o que ele tinha. Porém, e apesar de o constatar, nada conseguia fazer para mudar essa sua particularidade que tanto o incomodava, e sair da sua concha. A sua concha, a sua confortável concha. Às tantas muitas vezes nem se sentia só porque a solidão, quando é uma opção, é uma forma de estar. Mas de certa forma invejava a vida dos outros. Daquele grupo de amigos que estavam alegremente a jogar às cartas, daquele casal que namorava, de um outro que brincava com a filha, de todos os que não eram solitários como ele. Por momentos sentiu como que uma vertigem e que nada fazia sentido, a sua vida não fazia sentido. Faltavam nela as pessoas que estavam para além da sua família, porque esta permanece sempre. Mas agora, agora, depois de tantos anos a ser só, não sabia o que poderia fazer para não continuar a sê-lo.

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segunda-feira, setembro 04, 2006

grão de areia

Era um grão de areia no fundo da embocadura de um estuário. Por isso estava sempre a lutar; contra a corrente de enchente, para não o levar para cima demais, para o interior do rio; contra a corrente de vazante, para não o levar para o imenso mar, grande e desconhecido. A sua vida era isto, lutar para ficar no único sítio que conhecia, lutar para não ser levado para onde não sabia o que lhe iria acontecer.
Um dia outros grãos de areia conseguiram formar uma restinga onde ele também poderia ficar ou atrás da qual se poderia abrigar. Não soube o que fazer e por isso continuou a ser um grão de areia na corrente...

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