o final
Costumo andar de comboio com frequência, no alfa pendular. Nas viagens aproveito para pôr a leitura em dia, mas às vezes distraio-me. Na última vez, após várias trocas de lugar para que pessoas que iam aos pares pudessem fazer juntas a viagem, lá fiquei ao lado de uma pessoa que ao fim de cerca de 1 hora de viagem, recebeu vários telefonemas, penso que da pessoa com quem tinha (ou tem) uma relação. Falava do que me parecia ser o fim da relação, das razões. Confesso que não quis saber, porque o que ele dizia me fez lembrar o que se sente nesse momento. Parei de ler o meu livro e passei a ouvir música no meu leitor de mp3. Assim, penso que ele, que falava baixinho, também se sentiu mais à vontade. Mas da mesma forma que me emociono nos filmes, emocionei-me com o pouco que ouvi e com a situação em si. E escrevi o que se segue...
Seguia-a para todo o lado. Era como se nada fizesse sentido sem ela. Os pais critivavam-o dizendo que ela mandava nele. Os amigos não compreendiam tamanha dedicação. Só ele entendia. Ela era a sua musa, a sua inspiração. Mais do que isso, era a sua alma gémea. Por isso ele queria aproveitar cada momento com ela, cada sorriso, cada palavra, cada toque. Não conseguia conceber a sua vida sem ela.
Um dia tudo acabou (como tudo acaba). Mas ela continuou a ser a sua alma gémea. Nunca mais encontrou nenhuma. Se calhar - pensava ele um dia, muitos anos depois de tudo acontecer - se calhar só há uma em cada vida para cada um de nós...
Etiquetas: coisas importantes..., pensamentos meus
2 Comments:
Compreendo o sentimento, mas n "concordo" (salvo seja :) ) com a conclusão. Ninguém sabe o futuro. Pode mt bem ser assim, e pode ele ter pensado bem... ou n.
Digo isto pq conheço mt gente q pensa assim, sabes? Tipo "A minha oportunidade já passou, e nunca mais terei outra"... é pena... mais - é um desperdício, um presente empobrecido por um futuro condenado prematuramente ao fracasso.
Pa mim, n faz sentido
é melhor mesmo que ele tenha pensado mal :) De resto, concordo contigo. Não se deve condenar o futuro ao fracasso.
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