Uma mulher quase nova
Uma mulher quase nova
com um vestido quase branco
numa tarde quase clara
com olhos quase secos
Vem e quase estende os dedos
ao sonho quase possível
quase fresca se liberta
do desespero quase morto
Quase harmónica corrida
enche o espaço quase alegre
de cabelos quase soltos
transparente quase solta
O riso quase bastante
quase músculo florido
deste instante quase novo
quase vivo, quase agora
Mário Dionísio
Nota: tinha este poema escrito num caderno que encontrei com muitos anos, para o qual copiei poemas e outros escritos dos quais gostei quando li. Por isso pode faltar uma vírgula ou outra...
Etiquetas: pensamentos de outros
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home