Uma história

Estava sentada numa esplanada.
Estava um tempo quente, mas uma brisa fresquinha impedia que o calor se tornasse desconfortável.
Bebia um sumo e conversava com os seus amigos.
Entardecia e daquela esplanada por baixo do castelo conseguia ver o pôr-do-sol entre o rio e a ponte. Como era belo! Como sentia que aqueles momentos eram únicos e que apesar de existirem outros parecidos, jamais se repetiriam. Por isso os apreciava com tanto prazer. A luz que bate de uma determinada maneira num determinado objecto, numa determinada pessoa, num determinado momento...E foi entre um fruir do pôr-do-sol e o acompanhar com o olhar um cacilheiro que passava no rio, que o viu.
Ele estava a observá-la. Sozinho bebia um café e tomava-a com o olhar.
O olhar dele pertubou-a, mas não conseguiu desprender-se dele.
Os amigos dela foram embora, mas ela ficou. havia qualquer coisa que a fazia ficar. O olhar dele. A força do olhar dele.
Este foi também um momento único, daqueles que não se repetem. O que aconteceu depois, deixo-vos imaginar...