...mas que existem, existem...

Há uns anos fui à Feira do Oculto, por piada, com a minha irmã e com um amigo. Depois de termos dado umas voltas pelas bancas para ver todos aqueles artigos próprios de uma ocasião destas, também por graça, a minha irmã decidiu entrar numa daquelas barracas onde supostamente lêem o futuro. Apesar de ter sido só por curiosidade saiu de lá um bocado transtornada porque a senhora lhe disse coisas específicas que lhe tinham acontecido no passado e que não acontecem a qualquer pessoa. Por isso, o nosso amigo decidiu também ir. Aconteceu-lhe o mesmo. Eu não acredito muito nessas coisas, mas porque eles sairam de lá assim, decidi ir também. Ela não me disse nada que não pudesse ter dito a qualquer pessoa que lá fosse...

Quando era estudante, fizeram uma sessão espírita na casa onde eu vivia. Eu quis participar, porque não era muito crédula de que pudesse acontecer alguma coisa, mesmo apesar de relatos vários de pessoas que considerava (e considero) fiáveis, algumas das quais estavam lá. Não aconteceu rigorosamente nada e o copo não mexeu como supostamente deveria ter mexido...

Um dia no autocarro, um homem que nunca tinha visto na vida e que estava sentado no banco atrás do meu, inclinou-se para a frente e sussurrou com uma voz ameaçadora o meu nome e o meu apelido. Fiquei assustada e saí na paragem seguinte...

Já ouvi várias histórias de pessoas que foram a videntes, que lhes disseram verdades sobre o passado, que as fizeram acreditar...

Tenho uma amiga de infância que acreditava em videntes, em maus-olhados e outras coisas do género e a quem receitavam banhos e tratamentos que a meu ver só serviram para lhe levar o dinheiro e nada resolveram...

Para dizer a verdade, apesar de não acreditar e de nunca ter tido nenhuma evidência, não consigo de deixar de achar, como diz o ditado "...mas que existem, existem!". Será?